Do moderno ao contemporâneo
CANTON, Katia. Do Moderno Ao Contemporâneo. São Paulo: MWF Martins Fontes, 2009.
"Arte é um exercício experimental da liberdade" dizia Mário Pedrosa em 1960. Essa liberdade é mutante e dependente de um período histórico.
A arte serve para provocar, instigar e estimular os nossos sentidos sugerindo novas formas de viver e se colocar no mundo. Ela precisa "conter o espírito do tempo, refletir visão, pensamento, sentimento de pessoas, tempos e espaços" (Canton, 2009).
A arte moderna surgiu a partir da Revolução Industrial graças a uma classe que enriqueceria pela máquina e necessitava de uma identidade artística própria para se legitimar culturalmente.
A arte modernista buscava o novo, sempre tentando superar a anterior e desenvolvia uma linguagem autônoma. Dessa forma, ela esses conceitos foram simbolizados pelo conceito de vanguardas - fazer algo novo rompendo com o velho. Ela precisava ser contextualizada com a nova vida, ou seja, ser radical e inovadora. Refletir as mudanças trazidas pela industrialização.
O surgimento da fotografia foi importantíssimo, pois dessa forma, o artista ficou liberto da obrigação de retratar a realidade para a posteridade e pôde realizar novas pesquisas e experimentos.
Com os fatores liberdade e autonomia surgem vários movimentos, tais como:
Impressionismo: além de abandonarem lições acadêmicas, passam a pintar ao ar livre buscando representar as luzes naturais e as impressões pessoais dos mais diversos cenários e temas.
Pós-impressionismo: representado por Paul Cézanne, explora a construção de formas através de figuras geométricas e abandona a perspectiva convencional.
Cubismo: a sintetização das formas de Cézanne abre as portas para esse movimento que acrescenta a observação de esculturas africanas à busca do novo. Mostra numa única imagem, vários tempos de um mesmo objeto.
Futurismo italiano: pinturas e esculturas mostrando constantes movimentos e ação. Representa o encantamento com o ritmo das cidades