Do ethos do povo de santo ao ethos da cultura nacional e A religiosidade afro-brasileira na obra de Jorge Amado
FACULDADE DE FILOSOFIA, LETRAS E CIÊNCIAS HUMANAS
Departamento de Antropologia
Ensaios a partir das questões 4 e 8:
Do ethos do povo de santo ao ethos da cultura nacional e
A religiosidade afro-brasileira na obra de Jorge Amado
Do Afro ao Brasileiro: Religião e Cultura Nacional
Prof.º Vagner Gonçalves da Silva
Angelica Bezerra – Noturno – Nº USP: 6463582 – angelica.lbezerra@gmail.com
Eduardo Fujise – Noturno – Nº USP: 6470184 – eduardoducho@gmail.com
Dezembro/2014
Introdução
À luz dos textos Xirê, o modo de crer e viver no candomblé, de Rita Amaral, Do país do carnaval à carnavalização: o escritor e seus dois brasis, de Roberto da Matta, e do episódio “O compadre de Ogum” da minissérie Global Os pastores da noite, o presente trabalho se propõe a refletir sobre as questões 4 e 8 que nos foram propostas.
Nosso objetivo é pensar os elementos que constituem o ethos de povo de santo, sua identificação na cultura nacional e, por fim, analisar como aparece a religiosidade afrobrasileira na obra de Jorge Amado, grande responsável por divulgar e alçar a condição do ethos de povo de santo à condição de ethos do povo brasileiro.
Para isso, o trabalho foi dividido em dois ensaios, que trataremos a seguir, respectivamente: Do ethos do povo de santo ao ethos da cultura nacional e A religiosidade afro-brasileira na obra de Jorge Amado.
Do ethos do povo de santo ao ethos da cultura nacional
Em seu texto, Xirê, o modo de crer e viver no candomblé, Rita Amaral retoma os estudos de Geertz sobre as religiões como sistemas culturais para nos fornecer sua definição sobre o ethos – constitui-se do tom, o caráter, a qualidade de sua vida, estilo, disposições morais, estéticas e inclui também a visão de mundo, conjunto de valores, de um povo – e como são as religiões, os símbolos sagrados que fornecem os modelos de um estilo de vida de um grupo dentro da sociedade, a autora se dedica a mostrar-nos o estilo de vida, os