Do cruzado ao Verão
Antes de entrarmos no Plano Cruzado é preciso situá-lo no tempo, faz-se necessário mostrar o momento politico no qual mais um plano econômico tentaria a sorte. Em 15 de março de 1985, instaura-se o governo da Nova República, o pais passa mais uma pagina da sua historia, deixa os dias de politica e sangue para traz e retoma o caminho para uma democracia com participação popular, a voz que sintetizava esta passagem era a de Tancredo Neves, eleito de forma indireta para dar inicio a essa nova era a qual ele chamou de Nova Republica, dizia Tancredo “ Não há pátria onde falta democracia”. Porem Tancredo morre sem nunca ter colocado a faixa de presidente da república no peito, em seu lugar assume o seu vice, Jose Sarney que promoverá o fim da maquina autoritária que servia de base para o regime, é o chamado enterro do entulho autoritário, e assim acaba com o colégio eleitoral, instituindo eleição direta para Presidente da República, convoca eleições diretas para as capitais e municípios além de convocar para 15 de novembro de 1986 a Assembleia Nacional Constituinte, que teria como missão dotar o país de uma nova ordem econômica, social e politica.
O inicio do governo foi centrado na reconstrução da democracia, mas começou a combater os graves problemas sociais, dando fim à politica de arrocho salarial, permitindo ao salario real um aumento acima da inflação. É logico que a sombra do velho regime não havia se dissipado e que grupos de resistência poderosos que não queriam perder seus privilégios com mudanças na área econômica, isso retardava mudanças na economia. Esse grupo tinha um grande polo de apoio dentro do novo governo, representado pelo então ministro da Fazenda, Francisco Dornelles, a concepção econômica deste grupo era a mesma praticada na época da ditadura, ou seja, cartilha do FMI, corte nos gastos públicos e aperto monetário e creditício.
O I PND DA NOVA REPUBLICA
Esse conflito interno do governo entre a cartilha do