Do contrato social
“O ato que institui o governo não é um contrato, mas uma lei. Os que estão no poder executivo não senhores, mas funcionários do povo.” “Não há lei no Estado que não possa ser revogada, nem mesmo o pacto social.” Mas as leis só devem ser revogadas se isso estiver de acordo com a vontade geral. A vontade geral é indestrutível. O Estado é responsável pela força da vontade geral. Se está decadente, o povo perde a liberdade . Se um filho de escravo nasce escravo, diz Rousseau, não nem ao menos humano.
Rousseau comenta Roma, sua fundação desde a fábula de Romo e Rêmulo, até quando se torna uma cidade. Ele aperfeiçoa seu historicismo, já presentes em obras anteriores. Fala de como se institui uma ditadura.
Na migração de religiões a guerra política torna-se também religiosa. O Deus de um povo não tem direito sobre outros povos. Rousseau analisa as religiões. Algumas levam à sanguinolência. Outras como o cristianismo não tem relação com a política. Rousseau fala do Evangelho que reconhece a todos como irmãos, e não do mau uso que fizeram dele. O cristianismo é totalmente espiritual e a pátria do cristão não é desse mundo. Ele não se preocupa com o Estado, se vai bem, se vai mal, “teme sentir orgulho com a glória de seu país”, diz Rousseau. Se o Estado vai mal, ele presta culto a Deus. Para Rousseau as tropas cristãs não são excelentes. A existência da divindade é um dogma positivo. A intolerância é um dogma negativo.
A menos que a Igreja seja o Estado , não se deve dizer que fora da Igreja não há salvação.
Na homenagem ao aniversário do 250º ano da do nascimento de Rousseau, Levi Strauss, que é um grande admirador de Rousseau, lembra que o gênio de Rousseau atuou na literatura, poesia, história, moral, política, pedagogia, música e