Do Autoritarismo à Democracia

2625 palavras 11 páginas
Do Autoritarismo à Democracia.
1. A economia portuguesa no período pós - guerra
A política de autarcia empreendida pelo Estado Novo não atingiu os seus objetivos. Portugal continuou dependente da importação de matérias-primas, energia, bens de equipamento e outros produtos industriais, adubos e alimentos.
Entretanto, Portugal assinou em 1948, o pacto fundador da OECE, integrando-se nas estruturas de cooperação previstas no Plano Marshall, e embora pouco tenhamos beneficiado da ajuda americana, a participação na OECE reforçou a necessidade de um planeamento económico, conduzindo então à elaboração dos Planos de Fomento, que caracterizaram a política de desenvolvimento do Estado Novo.
O 1.º Plano de Fomento (1953-58) - o plano baseou-se ainda num conjunto de investimentos públicos que se distribuía por vários sectores, com prioridade para a criação de infraestruturas.
No 2.º Plano de Fomento (1959-64) - alargou-se o montante investido e elegeu-se a indústria transformadora de base como sector a privilegiar (siderurgia, refinação de petróleos, adubos, químicos).
Os anos 60 trouxeram, porém, alterações significativas à política económica portuguesa. No decurso do II Plano, Portugal integrou-se na economia europeia e mundial: tornou-se um dos países fundadores da EFTA – Associação Europeia de Comercio Livre.
Em 1968, a nomeação de Marcelo Caetano para o cargo de Presidente de Conselho inaugura, com o 3.º Plano de Fomento (1968-73) - A implementação deste novo plano veio confirmar o desenvolvimento da indústria privada como sector dominante da economia nacional, o crescimento do sector terciário e consequente incremento urbano.
Este surto industrial traduziu-se inevitavelmente no crescimento no sector terciário e progressiva urbanização do país. Em 1970, 75% da população portuguesa vivia em cidades e cerca de metade desta população urbana vivia em cidades com mais de 10 000 habitantes. Viveu-se em Portugal, no terceiro quartel do século XX, o fenómeno urbano

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