Diário de Leitura - “Designação: a arma secreta, porém incrivelmente poderosa, da mídia em conflitos internacionais” (Kanavillil Rajagopalan)

391 palavras 2 páginas
Diário de Leitura - “Designação: a arma secreta, porém incrivelmente poderosa, da mídia em conflitos internacionais”
(Kanavillil Rajagopalan)

Logo a princípio eu me interessei em ler esse texto, que foi escrito em 2003 e publicado em São Paulo e possui como tema principal mostrar o poder e a influência da mídia e suas nomeações e predicações de pessoas, lugares e situações. Durante a leitura, pude relembrar situações recentes e marcantes em nosso país, como o caso Eloá, onde ficou evidente que se não fosse pela ação da mídia, que criou uma pressão absurda sobre Lindemberg (o assassino) e até mesmo sobre a polícia, talvez essa garota ainda estivesse viva. O autor descreve a mídia como algo manipulador, conseqüentemente muito eficaz na formação de idéias e opiniões em uma sociedade. Usa toda a sua influência para criar em seus interlocutores a visão desejada. Faz interpretações de acontecimentos e de seus responsáveis, distribuindo “papéis”. Rajagopalan usa como exemplo as guerras. Toda guerra tem o “vilão” e o “mocinho”, e quem distribui estes papéis é a mídia, fazendo classificações e nomeações (como no caso de Osama Bin Laden, que possui o seu nome ligado aos termos: “terrorista” ou “terrorist mastermind). Ele ainda cita: “É, no entanto, no uso dos nomes próprios – ou, melhor dizendo, na fabricação de novos termos de designação para se referir às personagens novos que surgem no cenário e aos acontecimentos novos que capturam a atenção dos leitores - que o discurso jornalístico imprime o seu ponto de vista.”
Rajagopalan nos lembra também que a mídia possui sempre dois lados. Por exemplo: enquanto a mídia ocidental rotula indivíduos como “homens bomba” e “terroristas”, para a imprensa árabe estes mesmos são classificados como “soldados da guerra santa”.
Ninguém pode duvidar do poder de influência e manipulação da mídia. Ela possui a capacidade de tornar um “assassino mau caráter”, em uma “pessoa justa e vitimada pela sua vida sofrida”. A opinião pública

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