Diário de campo. viagem de estudo à região do contestado
Douglas
No dia 03 de setembro de 2011, a turma de especialização em História Regional da Universidade Federal da Fonteira Sul / Chapecó, realizou viagem de estudos na região do contestado. A viagem é complemento e parte integrante das discussões fomentadas na disciplina de Historiografia na História do Contestado, ministradas pelo Prof. Dr. Delmir Valentini. O roteiro da viagem contemplou espaços de memória imaterial e imaterial que representam o contexto da guerra do contestado bem como a participação do caboclo. Uma das primeiras paradas foi na região do Irani, lugar marcado pelo primeiro conflito envolvendo tropas do exercito paranaense e os caboclos, seguidores de José Maria.
José Maria que morre neste conflito em 1912, juntamente com o comandante da tropa do exército, era motivo de preocupação para algumas autoridades. Na época 'pensava-se' que a figura de José Maria associado ao seu 'poder' de atrair seguidores era também um movimento contrário a República e que José Maria estaria disseminando o pensamento monárquico em meio a população. Destaca-se que, mesmo com os dois 'líderes' mortos, os conflitos continuaram e aconteceram em diversos outros redutos de caboclos. Num olhar mais crítico sobre a realidade percebida deste espaço do Irani, podemos salientar a falta de continuidade das ações governamentais para com este espaço histórico, repleto de potencialidades culturais ,educacionais bem como de fomento ao turismo e economia local. Logo após conhecer o espaço do conflito do Irani, visitamos a Fundação Memória Viva do Contestado. A fundação é um dos importantes lugares de preservação e divulgação da história do contestado e da memória do caboclo, principal habitante da região antes da construção da estrada de ferro e da colonização. No trabalho de Vicente Teles, um dos idealizadores do referido lugar, podemos perceber toda uma reelaboração da memória do contestado e a construção