Diálogo entre Thompson e Anderson Benedict
Lorran Dias (EC1)
Comunidades Imaginadas é um conceito desenvolvido pelo renomado cientista político estadunidense contemporâneo Benedict Anderson. Sua essência e definição são trabalhadas dentro de um texto que converge variadas situações histórico-sociais. Em A Mídia e o Desenvolvimento das Sociedades Modernas, John B Thompson – sociólogo americano e acadêmico britânico – faz referência ao conceito de Comunidades Imaginadas de Anderson, destacando alguns pontos e os criticando em uma dialética que procura mostrar ao leitor os questionamentos acerca da “fundamentação” do conceito desenvolvido por Benedict Anderson. Ao tempo que Anderson diz que o desenvolvimento de romances, vernaculização e jornais são fatores importantes e decisivos para a fundamentação de um sentimento de nacionalismo, Thompson concorda em parte, segmentando as definições do cientista politico e questionando sua abordagem: “[...] o desenvolvimento da imprensa e de outros meios técnicos da comunicação foi, na melhor das hipóteses, uma condição necessária para a emergência da consciência nacional, não uma condição suficiente.” (A Mídia e o Desenvolvimento das Sociedades Modernas. Pág 62, parágrafo 3: THOMPSON, John B.) Outro tópico fora segmentado e tirado como fator crucial para a problematização da teoria de Anderson, segundo Thompson: a falta de detalhamento da relação ‘Desenvolvimento Midiática da Imprensa x Surgimento do sentimento nacionalista’. Tal carência de detalhes acerca de um conflito tão importante tornaria um pouco mais frouxa a teoria das Comunidades Imaginadas, já que essa ausência de informação não responde a questão: Por que a influência do desenvolvimento da imprensa e o surgimento de diferentes públicos de leitores (Séc XVI) só surtem efeito – o nacionalismo, como consequência – durante os séculos XIX e XX? Assim, erguendo a dúvida temporal da “Causa e Consequência” de Benedict Anderson, Thompson