Divisórias De Gesso Acartonado
Por Sylvio Nogueira
Ex-professor universitário (PUC/PR)
Bolsista do DAAD junto à Technische Hochschule Stuttgart / Alemanha
Perito/assistente técnico em ações judiciais, na área de patologias prediais e-mail: snogueira@bbs2.sul.com.br
Impossível negar que as divisórias de gesso acartonado vieram para ficar, pois suas características e virtudes - funcionais ou estéticas - são inquestionáveis. Alem disto, os principais fabricantes e/ou distribuidores, no Brasil, têm praticado detalhes capazes de conferir razoável isolamento acústico, boa estanqueidade em pisos úmidos, bem como reforços localizados, "inserts" ou buchas especiais, etc, que permitem suportar cargas pouco convencionais.
Contudo - como acontece com muitos excelentes remédios -, o produto possui vulnerabilidades ou riscos que deveriam ser (e não têm sido) comunicados aos cidadãos adquirentes de escritórios, ou de apartamentos, principalmente nas grandes capitais brasileiras. Assim, para conhecimento e manifestação dos profissionais do ramo e de entidades públicas envolvidas, coloco as seguintes observações:
1º - O consumidor não está sendo alertado sobre o potente estímulo à proliferação de insetos (principalmente traças!) nos vazios dos painéis, onde o seguro e farto abrigo se alia a paredes comestíveis. Tenho testemunhado esta e várias outras infestações, ao longo de minha atuação, nos últimos anos, como perito em patologias da construção civil.
2º - Sobre guarnições de portas que integram tais divisórias, cumpre notar que aquelas saem, de fábrica, suficientemente imunizadas. Contudo, durante as montagens, artífices vários ou afoitos empreiteiros costumam inserir uma infinidade de barrotes, sarrafos ou pedaços de tábuas - sem qualquer tratamento inseticida - para fixações de tubos, caixas de descarga, quadros de luz, eletrodutos, tomadas, interruptores, etc, etc; o desavisado consumidor, que compra o "gato ensacado",