Diversão em primeiro lugar
Southwe St Ai r li n e S
Diversão em primeiro lugar
Mas seM perder o sentido de urgência. É assiM que essa coMpanhia aÉrea norte-aMericana veM batendo recordes de rentabilidade, segurança, qualidade do serviço prestado ao consuMidor e atÉ boM huMor. o segredo de sua superioridade está nas boas relações que soube construir coM seus colaboradores, coMo revela esta reportageM
E
nquanto o setor de aviação comercial mergulha na tinta vermelha das perdas e bancarrotas multimilionárias, aceleradas pelo aumento do preço do petróleo e pela retração da demanda, na Southwest Airlines reina o entusiasmo pela próxima comemoração do Halloween, o Dia das Bruxas, tradicionalmente celebrado na empresa oriunda de Dallas, Texas, Estados Unidos. Em 2007, paramentado com um vestido de lantejoulas cor-de-rosa, o presidente-executivo da empresa, Gary Kelly, apareceu em sua sede central, em Love Field, encarnando Edna Turnblad, a corpulenta protagonista do musical Hairspray, interpretada pelo ator John Travolta maquiado. Quando se fala em Southwest, organização conhecida por não levar as coisas muito a sério, é fácil confundir o clima festivo com despreocupação. Mas, se sua microeconomia não está em risco –em 2007 faturou quase US$ 10 milhões, 8,5% mais do que em 2006–, a linha aérea de baixo custo tem consciência da catástrofe que a rodeia. Tanto que Kelly tomou uma série de medidas preventivas para assegurar a estabilidade do negócio, entre elas reduzir os planos de expansão da frota, aumentar as tarifas, incluir mais passageiros por vôo e abandonar a política de embarque igualitária para dar prioridade aos homens de negócios, sua maior fonte de receita. O conservadorismo financeiro e sua cultura colorida são um legado direto de Herb Kelleher, fundador e presidente-executivo da empresa de 1982 a 2001 (veja quadro na página 3), que ergueu a empresa sobre dois princípios: a diversão e a idéia da urgência permanente. “É preciso administrar os recursos como se se