Diversos
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Meu post começa na Inglaterra, por volta de 1964, mais precisamente em Hampton,Middlesex. Fala de um garoto de 17 anos que, movido pela paixão por tocar guitarra, não deixou de ser músico devido a sua situação financeira precária. Ao contrário, resolve, juntamente com o seu pai, um técnico em eletrônica, construir o seu próprio instrumento. A primeira dificuldade encontrada foi achar a madeira certa. De uma chaminé, feita em mogno, e de uma mesa, em carvalho, foi esculpida grande parte de sua nova invenção de seis cordas.
Para que o acabamento ficasse impecável, ele e seu pai decidiram criar suas próprias ferramentas. Da caixa de costura da mãe, por exemplo, o garoto encontrou o que viriam a ser os trastes do braço de sua guitarra, que ganhou uma camada de polimento em verniz avermelhado. Era o começo de uma história duradoura entre um jovem músico e seu instrumento. O pai, um gênio da eletrônica chamado Harold May. O filho, nada mais nada menos que Brian May (acima, à direita). A invenção, o exemplar único da lendária Red Special (abaixo), utilizada até hoje pelo artista nos palcos e em gravações.
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O modelo possui seis chaves liga e desliga, que possibilita misturar os captadores e inverter a fase. Tem dois botões: um de volume e outro de tonalidade, com 24 casas no braço, incluindo o traste zero
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O sucesso do Queen, somado à pegada e ao timbre diferenciado de Brian May, ajudou a tornar a Red Special um ícone. Com milhares de réplicas produzidas mundo afora, feitas por luthiers profissionais e amadores, a guitarra de May tem corpo semi-sólido, com o braço de 24 trastes (inovação na época) fixado por apenas um parafuso grande e dois pequenos internos, sob o escudo. O próprio guitarrista construiu os primeiros captadores, logo substituídos por três single-coils Burns, os únicos disponíveis separadamente na época. A ponte, por incrível que pareça, nasceu de velhas peças de motocicleta.