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CONCEITOS DE ESTÉTICA DE PLATÃO, ARISTÓTELES E PLOTINO

A arte e o belo e suas diversas características têm diferenças significativas para Platão, Aristóteles e Plotino. Para Platão, dentre as mais importantes, a que se destaca é o belo como sendo verdadeiro e puro. O belo deriva-se da concepção da realidade sensível, ou seja, o ideal é fundamental para a arte na percepção de quem a produz e a recebe. O belo pode denominar-se como a beleza por si só, não à sua semântica, ele não está nos nossos sentidos, mas sim nas coisas que nos cercam. "A beleza é o que o amor procura e não possui" – “História da Estética”, Raymond Bayer - sendo o belo o que o ser humano almeja, mas não consegue obtê-lo em sua plena perfeição. Para o filósofo, o motivo prático é que a arte torna-se nociva na questão da moral, pois ela atua cegamente sobre o sentimento, nos atraindo para o verdadeiro ou falso, para o bem ou para o mal. A realidade é dividida em duas partes: o acessível e o sensível, tendo essências puras e fundamento na existência dos seres, sendo assim tanto os seres da natureza quanto os homens, cópias sensíveis de modelos originais compreensíveis.
Já para Aristóteles, o belo é uma criação humana, a beleza é valiosa, pois traz com isso uma contribuição. Ele rejeita o idealismo para defender o realismo, a arte é técnica e o belo obscuro. O belo é no seu sentido positivo o racional, mesmo estando ligado aos sentidos. É possível observar que para ele fica claro que o belo tem de estar ligado à sensibilidade, já na idealidade de Platão isso é representado de uma maneira mais distante, sendo menos rigorosa. Aristóteles valoriza a arte como representação do mundo. O belo é fruto ou resultado do domínio que o artista tem da téchne. Segundo o filósofo, nunca será possível expressar no mundo real as ideias, pois no mundo ideal a perfeição é abstrata. Aristóteles também utiliza a tragédia das outras formas de arte, porque ela trata dos dramas humanos em que só os melhores