Diversos
D. Manuel (Manuel de Sousa Coutinho) Marido de D. Madalena e pai de Maria. Fidalgo, bom português e cavaleiro da Ordem de Malta. Personagem racional e segura de si, que ao ver o seu retrato devorado pelas chamas que ele próprio ateou começa a dar maior importância ao Destino. Apresenta um percurso de destruição. Simboliza a luta pela liberdade e pela não subjugação à tirania e um certo nacionalismo. Tem uma caracterização romântica, na medida em que é marcado por um carácter patriótico e intempestivo, que o leva a tomar decisões violentas e inabaláveis.
Telmo Pais Aio, não pertence à nobreza. É confidente de D. Madalena e de Maria, fiel dedicado, com tendência a tecer juízos de valor. É a única personagem que não acredita na morte de D. João de Portugal, vivendo dominado pelo sebastianismo. Estabelece uma ligação com o passado, uma vez que testemunha duas fases da vida de D. Madalena. Tem uma fidelidade absoluta para com o seu primeiro senhor, mas o amor extremoso que dedica a Maria causar-lhe-á um momento de hesitação. Tem a função de coro, uma vez que anuncia o futuro, tece comentários sobre a ação e com apartes esclarece o público.
D. João de Portugal Nobre, da família dos Vimioso, companheiro de D. Sebastião. Austero e misterioso. Representa, enquanto Romeiro, o destino implacável e o Portugal antigo, que já não tem lugar no tempo presente - no fundo termina com a crença sebastianista. É uma personagem ausente, que se vai presentificando até se concretizar no Romeiro.
LINGUAGEM:
Em D. Madalena as características da linguagem anunciam o seu temperamento apaixonado, o seu receio, a sua vulnerabilidade, o seu