Diversos
10/12/1969
Espancado até a morte
Em seu segundo ano, VEJA publicou uma reportagem de capa em que desvendava os bastidores da morte de Chael Charles Schreier, um jovem paulistano que abandonara o curso de medicina para se unir à Vanguarda Armada Revolucionária, grupo Palmares, sob as ordens do terrorista Carlos Lamarca. Capturado no Rio de Janeiro por agentes da repressão, Schreier apareceu morto, em um hospital militar, poucas horas depois. Seu atestado de óbito, revelado por VEJA, dizia que ele havia sido espancado até a morte. Foi a primeira prova de um assassinato cometido nos porões do regime militar.
O caso Claudia Lessin Rodrigues
A morte de Claudia Lessin Rodrigues deixou o país inteiro estarrecido. Em julho de 1977, o corpo da moça foi encontrado próximo à praia do Leblon, no Rio de Janeiro. Ela havia sido atirada dos penhascos da Avenida Niemeyer, dentro de um saco plástico cheio de pedras. Apontado como suspeito, o milionário Michel Frank negava ter ligação com o crime. VEJA revelou que, na noite em que morreu, Claudia participara de uma orgia animada com cocaína na casa de Frank. O rapaz confessara a um médico – entrevistado por VEJA – que vira a moça morrer de overdose e, descontrolado, tentara sumir com o corpo, jogando-o ao mar. Frank acabaria fugindo para a Suíça, onde foi morto em 1989.
27/1/1982
Adeus a uma estrela
Para qualquer veículo de imprensa, credibilidade é um conceito que se constrói ao longo de anos, com trabalho sério e coragem de relatar os fatos como eles são, mesmo que isso cause dor, indignação ou constrangimento. Em 1982, Elis Regina, a maior cantora do Brasil, morreu estupidamente, vítima de um explosivo coquetel de uísque com cocaína. Muitos jornais tiveram acesso ao laudo necrológico, mas, diante do clima de comoção nacional, silenciaram a respeito. VEJA tomou outro caminho. Descreveu, de forma clara, a causa da morte da cantora. Como em outros episódios, a revista foi atacada por sua