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O filme “Sentença de um assassino” narra a juventude de Philippe Halsman (Ben Silverstone), anos mais tarde renomado artista na América mas na época ainda fotógrafo austríaco noviço suspeito do assassínio do pai. O fato teria ocorrido durante caminhada nas montanhas europeias e as desavenças havidas costumeiramente entre ambos teriam motivado a hipotética conduta infracional. As provas, frágeis por certo e ainda assim alvo de tentativa de manipulação bastariam à comprovação da inocência de Halsman, embora insuficientes para a identificação dos responsáveis pelo crime.
O processo, em tese simples, no contexto se afigurava complexo pela presença de dois elementos: a ascensão do nazi-facismo naquela parcela do velho mundo, contaminando a população e direcionando o ódio às minorias, motivo este ao qual se somava a origem hebraica do réu. Tal foi o cenário no qual se realizaria o primeiro julgamento de um judeu sob a influência dos ideais nacional-socialistas, sendo delegada aos representantes do povo postos no Tribunal do Júri a responsabilidade pelo veredicto. À defesa de Halsman, contando até então somente com o apoio da mãe e da irmã, se junta o advogado Richard Pressburger (interpretado pelo saudoso Patrick Swayze). Desde a constituição como patrono do acusado, o causídico inicia extenuante batalha legal, se esforçando para impedir que o clamor popular e a antipatia que se tinha do réu não contaminasse a justeza da decisão.
Aspecto de maior importância abordado no filme é a dificuldade de se defender alguém previamente condenado pelo populacho, independentemente de convicção aferida através dos indícios e provas. Aliado a isso, a dupla condição do acusado, judeu e filho do falecido israelita igualmente torna a defesa tarefa árdua.
Embora se cuide de fato ocorrido décadas atrás, há inúmeros exemplos de situações contemporâneas assemelhadas. O povo condena, sendo desimportante se há ou não culpa do réu pelas