diversidade cultural
NOS PARÂMETROS CURRICULARES NACIONAIS
(5ª A 8ª SÉRIES DO ENSINO FUNDAMENTAL):
QUESTÕES PRÉVIAS
Helena Ponce Maranhão
Professora contratada da Faculdade de Formação de Professores – São Gonçalo/UERJ
Doutoranda em Educação/UFRJ.
RESUMO
Na perspectiva de uma aproximação de questões que tocam a tensão entre homogeneidade e diversidade, pretende-se realizar um reconhecimento prévio e necessário de significações propostas para qualificar a problemática da diversidade cultural. Toma-se, para tanto, como suporte empírico da análise a abordagem da cultura e de sua pluralidade expressa nos PCN. Tais orientações curriculares formam terreno fecundo para discutir não apenas tendências valorativas e comportamentais que se pretende implementar, mas também reavaliar os sentidos assumidos e negociados na dinâmica de difusão, disseminação e apropriação. A análise proposta concerne ao campo sociológico das relações entre simbolismo, cultura e poder. Palavras-chave: currículo nacional, identidade, diversidade cultural.
PROCESSO ‘CIVILIZATÓRIO’ NACIONAL?
Lançar, logo, uma questão, que, por assim dizer, afigura-se insólita, tem o evidente propósito de instigar reflexões sobre as intenções e ambições de um projeto curricular nacional sob os ditames políticos e econômicos da atual etapa do processo de globalização capitalista; bem como suscitar estranhamento face às eventuais pretensões de unanimidade, que esforços de construir unidades totalizadoras parecem encobrir.
Entretanto, se assumir uma postura de estranhamento constitui-se em recurso metodológico recomendável quando nos dispomos a estudar um dado objeto, não dispensarei, igualmente, alguns passos prévios necessários ao reconhecimento, identificação e delimitação de sentidos explícitos ou sugeridos na proposta educacional dos PCN.
Cabe, portanto, uma breve descrição do objeto em apreciação. Baseio-me na versão elaborada para o terceiro e o quarto ciclos (5ª a 8ª séries)