Diversidade cultural como prática na educação
Uma mãe pobre não tem como cuidar mais de sua filha e o governo a manda para uma nova família. Assim começam as aventuras de Liesel Memminger, uma menina loira na Alemanha hitlerista. Palavras, uma mãe, a morte, um pai, alguns livros, um judeu no porão, acordeon, cigarros, algumas crianças e um corredor americano negro, esses são os meios de trazer a história para você e, sinta-se privilegiado, quem a conta é a morte... não falarei mais nada, cada um que descubra sozinho o desenrolar das aventuras da pequena saumensch.
Crítica
Primeiramente tenho que dizer uma coisa: esta foi a melhor narrativa que eu já li. Sem nenhuma dúvida, o jeito como é apresentada a história modifica totalmente a capacidade de criar carisma com as personagens e, justamente por isso, considero-o como um dos melhores livros da atualidade.
Quem é que tem a ideia de fazer um livro narrado pela morte? A capacidade de criação literária do autor é estupenda e o jeito com que as personagens são apresentadas é nada mais do que genial! Quando o li pela primeira vez, fiquei estupefato logo nas primeiras páginas. A morte como narradora apresenta algumas vezes no meio do texto pequenas notas sobre seu ponto de vista, e isso enriquece - e muito - a narrativa, criando assim um afeto pelo narrador que, para mim, só é comparável com os narradores de “A Hospedeira”. Sem contar o uso das palavras, Zusak diz no começo do livro que as palavras são importantes e ele mostra o poder do significado de cada uma, a força delas, o poder de tudo aquilo que aprendemos a falar e sequer imaginamos como isso pode mudar uma vida.
O enredo também não desaponta os leitores de forma alguma. Acredito que a literatura carece de mais livros que sigam essa linha e que contenham a história de famílias alemãs durante a segunda guerra mundial, pois é mais comum lermos sobre judeus perseguidos ou alguma outra coisa sobre os aliados mas nunca sobre o ponto de vista alemão. Mesmo a família de Liesel sendo contra o