ditadura
O fechamento político, curiosamente, não impedia a juventude de começar a "viver o seu tempo". Os jovens ganhavam espaço na mídia, impunham sua música, elegendo o rock e a guitarra elétrica; uma moda que rompia tabus, com o surgimento da minissaia e dos cabelos compridos etc. Beatles lá fora, a Jovem Guarda aqui...
É uma brasa, mora!
Lógico que ainda havia muita ingenuidade no que queria aquela turma que subia ao palco da TV Record, em São Paulo, em setembro de 1965. Afinal, o programa da Jovem Guarda, que ficou no ar até 1968, tinha um público muito jovem, adolescente, e as preferências eram namoros, carrões, alta velocidade, caras bonitos e garotas legais etc... Roberto Carlos liderava a Jovem Guarda, ao lado dos amigos Erasmo Carlos, o tremendão, e Wanderleia, a ternurinha, e de diversos outros ídolos do iê-iê-iê. Em 1966, no programa do Chacrinha, o velho guerreiro, Roberto seria conduzido ao trono e seria coroado "rei da jovem guarda".
Nesse tempo de reis, quem passava maus bocados era o rei Pelé, vítima preferencial das duras faltas cometidas contra nossos jogadores na frustrante Copa de 66, na Inglaterra, aquela que tentou proibir o cafezinho