DITADURA E SERVI O SOCIAL
Uma análise do Serviço Social no Brasil Pós-64
1 INTRODUÇÃO
O Brasil passou por um regime militar que podemos comparar com o regime totalitário acontecido na Alemanha, esta época amarga aconteceu no período de 1964 a 1985 e caracterizou-se pela falta de democracia, suspensão dos direitos constitucionais, censura, concentração de renda, pensamentos capitalistas, perseguição política e repressão a todos que eram contra o regime militar. Para analisar a política de assistência social é fundamental investigar a sua trajetória.
Uma primeira aproximação pode se fazer por um lado, analisando as relações sociais da sociedade capitalista e suas transformações, as questões e os problemas sociais que se vão colocando e como o serviço social vai sendo incorporado nas respostas a dar a esses problemas. Por outro lado, a analisando as formas de trabalho que historicamente vão sendo construídas pelos assistentes sociais com expressão no exercício da profissão.
A constituição federal é um marco fundamental desse processo porque reconhece a assistência social como política social que, junto com as políticas de saúde e de previdência social, compõem o sistema de seguridade social brasileira. Portanto, pensar esta área como política social é uma possibilidade recente. Mas, há um legado de concepções, ações e praticas de assistência social que precisa ser capturado para analisar o movimento de construção dessa política social.
O processo de renovação do serviço social constitui em três momentos de ruptura. O primeiro diz respeito à perspectiva modernizadora que encontra a sua formulação afirmada nos seminários de teorização do serviço social organizado pelo CBCISS em Araxá (março 1967) e Teresópolis (janeiro 1970) no sentido de inserir os profissionais num viés moderno de teorias e técnicas para novos instrumentos que possam responder as demandas da ordem do desenvolvimento capitalista.
Segundo momento foi a reatualização do conservadorismo que