Ditadura e Musica
O golpe militar de 1964 instaurou no Brasil uma forte censura, praticada através dos Atos Institucionais (AI’S) criados para aumentar a repressão do Estado sobre a população ou qualquer manifestação que fosse contrária ao governo imposto no país. Não demorou para a música – enquanto manifestação artístico-cultural de forte teor político – estar entre os principais alvos da censura. Mas nem isso calava a voz dos artistas. Assim se iniciou o protesto à Ditadura Militar, firmou-se como uma forma de protesto para extravasar a liberdade de expressão amordaçada.
Palavras chave
Ditadura, golpe de Estado, música, censura, repressão, cassação e exílios.
A Ditadura que gestou 1964 visava à construção de um Estado de Segurança Nacional e de Desenvolvimento Associado e Hegemônico na América Latina. A violência política utilizada pelas Forças Armadas brasileiras buscou sua legitimidade. O uso dessa violência permitiu ao regime militar construir o estatuto de um Estado sem limites repressivos, com três consequências: inoculou a tortura como forma de interrogatório nos quartéis militares a partir de 1964; fez da tortura força motriz da repressão praticada pelo Estado brasileiro até pelo menos 1976; possibilitou ao Estado praticar atos considerados inéditos em nossa história política: a materialização sob a forma de política de Estado de atos de tortura, assassinato, desaparecimento, exilio e sequestro.
Segundo Aurélio, Ditadura foi um período de “governo de ditador” onde houve um Golpe de Estado que foi a “ação de uma autoridade que viola as formas constitucionais”. Este foi o período onde o Brasil sofreu um regime mais obscuro da história, cassação de direitos, violação de liberdade, censura aos meios de comunicação e etc. Este terror perpetuou por 21 anos de 1964 a 1985.
Sempre que se fala no período do regime militar instalado no Brasil, não podemos deixar de mencionar a música popular brasileira (MPB). A MPB representou a única forma de comunicação,