Ditadura no Chile
1. Contexto histórico
No começo da década de 1970, o Chile apresentava uma economia dependente dos investimentos externos (principalmente de multinacionais). Embora com boa industrialização, o sistema econômico chileno apresentava grandes desigualdades sociais, sendo que uma significativa parcela da sociedade vivia em situação de pobreza.
No campo político, o embate entre capitalistas e socialistas, reflexo da Guerra Fria, dividia o país. Os partidos conservadores queiram manter o alinhamento com os Estados Unidos, defendendo reformas moderadas dentro do sistema capitalista e da ordem política em vigor. Por outro lado, os socialistas queriam mudanças radicais através de uma revolução que pudesse promover rupturas econômicas, conduzindo o país para o campo do socialismo.
Em 1970, foi eleito para a presidência o socialista Salvador Allende com apoio da Unidade Popular (grupo de partidos de esquerda). A intenção deste governo era, através de reformas socialistas, combater a desigualdade social e promover o crescimento econômico. Desta forma, o Chile seria conduzido, sem violência, para um Estado socialista. Nacionalização de recursos minerais (principalmente o cobre) e reforma agrária eram os principais pilares de Allende. Porém, estas medidas consideradas socialistas despertaram forte contrariedade nas Forças Armadas do Chile, na classe média, no meio empresarial e também nos Estados Unidos, que não queriam o país alinhado com a União Soviética. Em 1973, ano do golpe militar, a crise econômica se agravou. A inflação estava na casa dos 300% e o PIB em queda. Estes fatores geraram uma grande insatisfação com o governo socialista de Salvador Allende.
A Ditadura no Chile teve início com a tomada do poder pelos militares, liderados pelo general Augusto Pinochet.
Fonte:http://www.infoescola.com/wp-content/uploads/2010/08/pinochet-300x220.jpg
Na segunda metade do século XX o contexto mundial era o da Guerra Fria, na qual se opunham o