Ditadura Militar
O Brasil, no início da década de 60, encontrava-se imerso em uma grave crise politica. O presidente João Goulart tentava implementar as reformas de base sem apoio do Congresso, enquanto que ao mesmo tempo, houve um crescimento muito forte do radicalismo da direita e da esquerda, assim como também cresceu o medo dos militares e de setores civis diante da possibilidade das reformas de base se tornarem realidade. Estes temiam, que com a implementação das reformas, fosse instalada no Brasil uma ditadura socialista. Sendo assim, em primeiro de abril de 1964, com o apoio de setores civis como os empresários, latifundiários, industriais e banqueiros, os militares tomaram o poder e trouxeram com eles um período de intensa repressão e violência ao Brasil. Muitos historiadores definem esse período como “civil-militar”, devido ao apoio de vários setores da sociedade, pertencentes principalmente à classe média. O primeiro presidente escolhido pelos chefes militares para governar o país logo após o golpe foi o Marechal Humberto de Alencar Castello Branco, que deu início a criação de uma série de medidas autoritárias, chamadas Atos Institucionais. Ainda em 1964 é criado o Ato Institucional nº1, o AI-1, que, dentre outras determinações, suspendia direitos políticos daqueles considerados opositores ao regime. Assim, iniciou-se uma perseguição politica com cassações de mandato, prisões, inquéritos policiais e militares. O Departamento de Ordem Política e Social (DOPS), criado em 1924, órgão do governo brasileiro utilizado principalmente durante o Estado Novo e mais tarde no Regime Militar, foi de muita utilidade para controlar e reprimir movimentos políticos e sociais contrários ao regime no poder. E, com a criação do Serviço Nacional de Informações (SNI) em 1964, o governo passou a investigar e catalogar a vida de qualquer pessoa que fosse considerada uma ameaça. Dentre os cassados encontravam-se João Goulart, Jânio Quadros, Miguel