ditadura militar
O Seguro Social começa a ser implantado ainda na fase final da República Velha. Enquadra-se nos marcos da dúbia política social desenvolvida pelos últimos governos dominados pela “oligarquia cafeeira”. A partir da Lei Eloy Chaves, de 1923, lançam-se às bases para a futura política de seguro social, cujos princípios permanecem até 1966, época da unificação das instituições de previdência.
As primeiras tentativas de introdução do Serviço Social na previdência se dão num momento de reorganização e reordenação da legislação e mecanismos de enquadramento e controle do proletariado. Em 1943 surge a Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT). Ano que sob a influência do Plano Beveridge, procura-se modernizar e ampliar o Seguro Social, criando o Instituto de Serviço Social do Brasil (ISSB) que unificaria as diversas instituições previdenciárias. Esse projeto sofre oposições e é arquivado.
A progressiva incorporação do Serviço Social nos diversos Institutos e Caixas de Pensões (IAP e CAP) ocorre de forma heterogênea e em ritmo bastante lento. Este fato está relacionado também a desconfiança dos primeiros Assistentes Sociais em relação ao Seguro e a Previdência estatal, ao fazer apologia das Caixas de Auxílio Mútuo e outras iniciativas de tipo corporativista particular. A primeira experiência oficial de implantação do Serviço Social na estrutura burocrática do Seguro Social ocorre em 1942, quando é organizada pelo Instituto de Pensões e Aposentadorias dos Comerciários a Seção de Estudos e assistência Social (Portaria 25, de 1943, do Congresso Nacional do Trabalho).
O Serviço Social junto aos departamentos médicos, hospitais, ambulatórios, atuam sobre os aspectos sociais e morais da doença; na educação social e principalmente, na readaptação à vida familiar e à produção. Nos conjuntos residenciais a atuação é relacionada à defesa do patrimônio e ao aconselhamento dos orçamentos domésticos para que não falhem no pagamento das prestações.