Ditadura Militar
O período de governos militares, Regime Militar no Brasil (que os esquerdistas chamam de Ditadura Militar) não foi exatamente uma ditadura.
É chamado ditadura pelos que hoje ocupam o poder porque naquela época eles eram oposição e usam o termo "ditadura" para se referir a este período da nossa história em benefício próprio.
Naquela época, vivia-se o período da guerra fria, em que o mundo se dividia entre democracia e comunismo. De um lado, os Estados Unidos lideravam os países democráticos e, do outro, a Rússia comandava o bloco comunista, a URSS. Os comunistas lutavam pela expansão da sua ideologia e, depois do sucesso obtido por eles em Cuba em 1959, investiam pesado em outras guerrilhas em toda a América Latina com o objetivo de tomarem o poder. No Brasil, alguns movimentos anteriores já haviam fracassado (como o de Luiz Carlos Prestes), mas no governo João Goulart os comunistas anteviram a possibilidade de assumir o comando pela via política, em vez de usarem a força. João Goulart foi cortejado e seduzido pelos comunistas até março de 1964, quando decidiu decretar a expropriação dos bancos privados e das propriedades rurais para atender os objetivos dos comunistas. Foi diante dessa decisão do governo constitucional que se levantaram as forças armadas e tomaram o poder em 31 de março de 1964, colocando como presidente da república o General Humberto de Alencar Castelo Branco. Nessa ocasião, não se estabeleceu uma ditadura, já que foram mantidas as liberdades individuais e o Congresso Nacional continuou funcionando normalmente.
Castelo Branco tinha em mente um governo de transição, devendo serem convocadas eleições livres em 1968, porém, diante dos movimentos guerrilheiros existentes em toda a América Latina (Tupamaros no Uruguai e Argentina e outros