Ditadura militar
Violência da Polícia Militar
A PM (Polícia Militar) é uma das principais forças de segurança das cidades brasileiras. No entanto, os métodos utilizados pela PM são muitas vezes associados à truculência e violência. E para especialistas, a cultura violenta da PM é um dos resquícios da ditadura.
Quando os militares assumiram o poder no Brasil, sob o pretexto de manter a segurança interna e eliminar o perigo do comunismo, o Estado aumentou o autoritarismo e a repressão, criando órgãos de controle da informação, como o SNI (Sistema Nacional de Informações).
Em 1969, foi criada a Lei de Segurança Nacional, que restringia a liberdade de reunião, associação e de imprensa, e em 1970 foi criado o DOI-Codi, centro de repressão do Exército conhecido como “sucursal do inferno”, palco de torturas e desaparecimento de presos políticos e “suspeitos de subversão”.
Naquela época, a PM foi usada como extensão dos órgãos de repressão da ditadura e o uso da violência e a tortura se tornaram rotina e práticas autorizadas pelo Estado. A polícia de São Paulo foi uma das primeiras a ser militarizada logo depois do golpe, com a imediata incorporação e comando da PM pelas Forças Armadas.
Nos anos 1960, surgiu também em São Paulo o temido “Esquadrão da Morte”, um grupo de extermínio de origem policial. Em 1966, quando ainda era chamada de Força Pública do Estado de São Paulo, a PM teve como comandante o coronel João Baptista de Figueiredo, o mesmo que mais tarde encerraria a era de presidentes militares com mandato entre 1979 e 1985.
No início dos anos de 1970, a PM paulista criaria uma unidade especial, a Rota (Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar), que surgiu para combater a guerrilha urbana e as ações praticadas pela esquerda armada. Nas décadas seguintes, a Rota seria alvo de denúncias de tortura e assassinatos contra criminosos comuns e de jovens sem antecedentes criminais.
Por outro lado, os “Direitos Humanos” passaram a ser vistos como ideologicamente