Ditadura Militar
Indice
Parte 1 - Introdução
Parte 2 - Desenvolvimento
Parte 3 - Conclusão
Parte 4 - Bibliografia
Chamam-se desaparecidos políticos no Brasil os militantes de organizações de oposição à ditadura militar (1964-1985) cujo paradeiro é desconhecido ou cuja morte é presumida, embora não comprovada. A responsabilidade por esses desaparecimentos forçados durante a ditadura tem sido atribuída a organizações do Estado brasileiro ou a terceiros - com autorização, apoio ou consentimento dos governantes da época.
No início da década de 1970 o aparelho repressivo governamental passou a adotar meios ilegais de repressão política, tais como sequestro, cárcere privado, tortura, assassinato e ocultação de cadáver. De acordo com o livro Direito à memória e à verdade, publicado pela Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República durante o Governo Lula, 475 pessoas morreram ou desapareceram por motivos políticos naqueles anos.2 Esse número pode ser muito maior se levarmos em conta a extensão territorial do Brasil, a ausência de estudos estatísticos, o elevado número de pedidos de indenização, a inclusão de não-militantes na lista de desaparecidos e aqueles cujos familiares não deram queixa.
Em contrapartida, os militares também homenagearam as 126 vítimas da guerrilha empreendida por organizações de esquerda, instalando placas com os nomes desses mortos no Salão Nobre do Clube Militar do Rio de Janeiro em 1° de abril de 2009.
140 militantes políticos de esquerda desapareceram, desde 1964,5 sendo que, segundo testemunhas, muitas dessas pessoas se encontravam então sob custódia de órgãos governamentais, tais como DOPS, Cenimar e CIEx. Os desaparecimentos ocorreram, principalmente, durante o auge da ditadura, nos governos dos generais-presidentes Emílio Médici e Ernesto Geisel. O período do governo Médici foi considerado particularmente brutal pelas