Ditadura militar

DITADURA MILITAR: RETROCESSO DOS DIREITOS
Entende-se por “golpe” mudanças políticas realizadas com base em violação à Constituição de um país, geralmente de forma violenta por parte daqueles que pretendem assumir o poder. E foi assim que, em 31 de Março de 1964, um golpe militar derrubou João Goulart. A partir desse momento, direitos que outrora estiveram garantidos passaram a ser negligenciados devido a interesses políticos e ideológicos. Os militares pareciam “dispostos a sacrificar os princípios constitucionais que salvaguardavam a democracia em troca da tranquilidade política”.
Nesse período da história nacional, as liberdades de organização e de expressão foram suspensas e os direitos políticos e civis dos cidadãos foram restringidos pela violência; assassinatos, torturas, desaparecimentos e censura à imprensa trouxeram à tona a luta pelo respeito aos direitos humanos. Um verdadeiro retrocesso democrático. Um bom exemplo disso, são os Atos Institucionais.
Os governos militares seguiram os moldes do Estado Novo, ou seja, enquanto investiam na difusão dos direitos sociais, cerceavam os direitos civis e políticos. Durante duas décadas, em pleno século XX, foi possível perceber a luta para garantir direitos já afirmados no século XVIII. Os cidadãos estavam sendo novamente sufocados por severas medidas repressoras que eram “admitidas pela apatia popular dos quase cidadãos brasileiros”.
Todo aquele que proferisse uma só palavra contra o regime ou, mais grave ainda, que demonstrasse qualquer simpatia pelo comunismo, por mais ínfima que fosse, era perseguido, torturado e morto. Houve uma completa eliminação da cidadania. O interessante é que os governos militares tentaram disfarçar suas práticas autoritárias permitindo que houvesse um partido opositor e eleições para o Legislativo e Executivo. Apostaram também em um processo de “alienação social”, controlando os meios de comunicação de massa e divulgando propagandas diretas ou subliminares. Isso resultou no