Ditadura militar no brasil
"O pior analfabeto é o analfabeto político.
Ele não ouve, não fala, nem participa dos acontecimentos políticos. Ele não sabe que o custo de vida, o preço do feijão, do peixe, da farinha, do aluguel, do sapato e do remédio dependem de decisões políticas.
O analfabeto político é tão burro que se orgulha e estufa o peito dizendo que odeia a política. Não sabe o imbecil que, da sua ignorância nasce a prostituta, o menor abandonado, o assaltante e o pior dos bandidos que é o político vigarista, pilantra, o corrupto e o lacaio dos exploradores do povo." -
Bertold Brecht
O objetivo deste artigo é compreender alguns aspectos do período militar e também a dinâmica do movimento estudantil no Brasil e sua intervenção em várias conjunturas importantes nos anos 60, especialmente durante a crise política de 1968.
Movimento militar de 1964 é a designação genérica da intervenção das forças armadas no sistema político-institucional brasileiro que resultou no rompimento da normalidade constitucional, com a derrubada do presidente João Goulart, e na tomada do poder pelos militares. O movimento teve três fases: a preparação, em que grupos civis e militares envolvidos conspiraram; a ação militar, com o deslocamento de tropas prontas para um possível conflito armado; e a instauração do regime militar, no qual cinco generais se sucederam no poder pelo período de 21 anos.
O movimento marcou o abandono, pelo segmento militar brasileiro, de sua tradicional posição de respeito às normas constitucionais e determinou sua intervenção direta no ordenamento jurídico e econômico da nação e nas questões administrativas e políticas de governo.
Antecedentes. Para compreender a abrangência, causas, conseqüências e pressupostos ideológicos do movimento militar de 1964, é necessário situá-lo nas condições nacionais e internacionais do momento histórico em que ocorreu.
Situação interna. O fim da ditadura Vargas revelou as profundas contradições