DITADURA MILITAR EM GOIAS TEXTO
Carlos Alberto Vieira Borba1
Globalização, Relações Políticas, e Trabalhadores: conjecturas e processo histórico.
Resumo
O objetivo deste trabalho é analisar o golpe militar de 1964 em Goiás partindo do pressuposto que ele foi sendo construído lentamente a partir de uma base sólida que foi formada paulatinamente pela iminente ameaça de uma revolução comunista prestes a desencadear no país. Para a construção dessa mentalidade do comunismo os jornais exerceram um importante papel. As constantes matérias publicadas em alguns periódicos goianos davam e entender que se não houvesse uma ação rápida para conter os comunistas, a revolução seria uma questão de tempo e para reforçar essa ideia as constantes mobilizações dos posseiros e o campo de treinamento organizado no nordeste de Goiás pelas Ligas Camponesas foram amplamente explorados. Esses fatos somados a proposta nacional – desenvolvimentista do governo Mauro
Borges (1961 – 1964) que para a direita golpista se tratava de um projeto político de esquerda levou a deposição desse governador e a veemente repressão aos movimentos de luta pela terra em Goiás.
Palavras Chaves: Ligas Camponesas; Mauro Borges; Golpe Militar.
O golpe da direita conservadora de abril de 1964 foi sendo construído lentamente a partir de uma base sólida que foi sendo formado paulatinamente pela iminente ameaça de uma revolução comunista prestes a desencadear no país. O clima de Guerra Fria contribuiu substantivamente para a construção histórica do comunismo como um movimento que visava à anarquia, a desordem, como também pela falta de valores cristãos e acima de tudo provocar um atentado contra a propriedade privada. Logo, qualquer movimento que assumisse esse caráter, deveria ser combatido.
Para a construção dessa mentalidade do comunismo os jornais exerceram um importante papel. As constantes matérias publicadas em alguns periódicos goianos davam e entender que se não houvesse uma