Ditadura Militar Brasileira - Um breve e opinativo comentário.
Eram dias efervescidos no Brasil. João Goulart, na época presidente do país e mais conhecido como ‘’Jango’’ tomava várias medidas consideradas comunistas à época. Com a insatisfação de milhares brasileiros – que se reuniram 12 dias antes em uma marcha intitulada ‘’marcha da família com Deus pela liberdade’’ - os militares conservadores resolveram então, tomar o Estado através de um golpe, esse que completa 50 anos hoje, dia 31 de março de 2014.
A partir dali iniciava-se a ditadura militar brasileira, com o grande apoio dos Estados Unidos da América, que temia a implantação de uma politica socialista com o antigo governo. Perduraria de 1964 a 1985, o que foi o período mais triste da política brasileira. Forte censura à imprensa, extinção de partidos políticos, perseguições a opositores, atos institucionais cada vez mais censuradores, mortes e desaparecimentos de vários inocentes e várias outras formas de afronte ao direito de liberdade e igualdade foram usadas durante tal período. Foram cinco generais no poder – Castello Branco, Costa e Silva, Médici, Geisel e Figueiredo – e 17 atos institucionais. Era grande o número de mortes e desaparecimentos de opositores da ditadura, característica essa comum a todas as ditaduras¹. O grande crescimento econômico nesses anos de ditadura, o grande apoio de potências capitalistas como os Estados Unidos e a França, dava mais força ao sistema que repreendia opositores violentamente e os impossibilitavam de qualquer retomada do poder.
Porém, além de todos os problemas sociais e políticos causados pela ditadura, o aumento da inflação passou a ser um grande problema para os militares. Assim, os opositores do regime passaram a organizar, através de grandes políticos, atores e várias celebridades um protesto para a implantação de eleições diretas para presidente da república. Com a retomada de um poder civil em 1985, não só foi uma vitória política, mas além de tudo, uma vitória do direito. Direitos