Ditadura do proletariado
A ditadura do proletariado para Marx representa uma fase de dominação direta do proletariado sobre a burguesia. Representa a hegemonia do proletariado sobre toda sociedade, ou seja, a direção do proletariado sobre o resto da sociedade para garantir a transição do capitalismo para a primeira fase da sociedade comunista. Como expressa Marx em seu livro Guerra Civil na França o proletariado deve tomar consciência do seu papel de classe e se armar para destruir o Estado burguês e quebrar a consequente resistência da burguesia, e um bom exemplo de ditadura do proletariado é a Comuna de Paris, mas Marx após a experiência da Comuna alerta que não basta apenas tomar o poder da máquina estatal é preciso abolir o estado, levando em conta que o estado existe porque a sociedade está dividida em classes. Apenas nisso consiste a ditadura do proletariado, no ato revolucionário de expropriar os meios de produção e quebrar a consequente resistência burguesa. Mas ao passo que constrói o socialismo a ditadura do proletariado promove a ampliação de democracia que torna-se pela primeira vez a democracia das massas. Mas se amplia a democracia e aboli o Estado, enquanto Estado, porque essa revolução se chama ditadura do proletariado?
Para Marx, o governo, por mais democrático que seja é uma ditadura, pois vive num quadro de um Estado o que garante a dominação da classe dominante e, segundo Engels, o uso da força pelo proletariado para expropriar os meios de produção seria também uma forma passageira de Estado e portanto uma ditadura. Segundo o mesmo Engels, em uma polêmica com os anarquistas, os marxistas seriam também a favor da abolição do Estado junto com a