Distúrbios da Voz
COMO POSSIBILIDADE DE INTERVENÇÃO *
ANA PAULA D. LEITE**
IVONE PANHOCA***
MARIA DE LURDES ZANOLLI****
* Trabalho desenvolvido no Programa de Mestrado em Saúde da Criança e do Adolescente da Faculdade de Ciências
Médicas da
Universidade Estadual de Campinas UNICAMP e financiado pela CAPES (Coordenação de Aperfeiçoamento de
Pessoal de Nível Superior). ** Mestre em Saúde da Criança e do Adolescente pela Faculdade de Ciências Médicas da UNICAMP. Especialista em Voz pelo CFFa. Docente do curso de Fonoaudiologia da Universidade Estadual do
Centro-Oeste/UNICENTRO. *** Mestre em Lingüística e Doutora em Ciências pelo Instituto de Estudos da
Linguagem da Universidade Estadual de Campinas. Docente da Faculdade de Fonoaudiologia da PUC/Campinas.
**** Professora Doutora do Departamento de Pediatria da Faculdade de Ciências Médicas da Universidade Estadual de Campinas; Mestre em Medicina na área de Saúde Coletiva pela Universidade Estadual de Campinas; Doutora em
Pediatria pela Faculdade de Ciências Médicas da Universidade Estadual de Campinas.
Distúrb Comun, São Paulo, 20(3): 339-347, dezembro, 2008
INTRODUÇÃO
O termo disfonia, embora bastante
utilizado em citações e artigos científicos, refere-se a um sintoma desencadeado por um problema maior, o distúrbio vocal.
Assim, no presente estudo, o termo distúrbio de voz será priorizado a fim de que se compreenda as alterações apresentadas pelas crian- ças de maneira mais ampla e global. Ainda assim, o termo disfonia será mantido em citações diversas e em momentos em que o conceito é pensado mais como consequência/sintoma que foi desencadeado pelo distúrbio da voz.
A maneira de atuação fonoaudiológica tem sido bastante discutida e, na prática clínica, muitos profissionais queixam-se de não terem bons resultados com crianças com problemas de voz em terapias individuais. Segundo Servilha (2004), no trabalho individual com crianças com alterações vocais, tem-se estabelecido uma atitude