DISTRIBUIÇÃO DE TV A CABO
PTC2547 – PRINCÍPIOS DE TELEVISÃO DIGITAL
Guido Stolfi – EPUSP – 05/2007
1. Introdução
Os primeiros sistemas de distribuição via cabo surgiram por volta de 1948 (Ed Parson, Oregon, EUA), com a finalidade de prover recepção de sinais de TV em regiões remotas (rurais ou montanhosas). Posteriormente, o sistema tornou-se popular nas grandes metrópoles, devido às situações críticas de propagação decorrentes de multi-percurso, que prejudicavam a recepção através de antenas. No final da década de 1960, praticamente todas as grandes cidades dos EUA possuíam redes de TV a Cabo em operação.
A distribuição de sinais de TV via satélite, a nível continental, iniciada por volta de 1975, alavancou o desenvolvimento da TV paga, com a venda de programas e eventos especiais.
As condições privilegiadas de propagação através do cabo coaxial (como por exemplo a ausência de multi-percurso e ruído impulsivo, além da estabilidade do controle das amplitudes e freqüências de todas as portadoras) permitiram a utilização eficiente do espectro disponível, viabilizando a oferta de dezenas de canais, com programações segmentadas, exclusivas e /ou temporárias.
Essas mesmas condições tornam o cabo um meio de comunicação atrativo para serviços de comunicação digital em banda larga, do tipo “broadcast”, como é o caso da TV Digital. A característica do dimensionamento dos sistemas analógicos é tal que permite expansão pelo acréscimo de sinais digitais, praticamente sem interferência ou penalidades sobre os sinais analógicos.
No Brasil, os primeiros sistemas entraram em operação no início da década de 1990, sendo que a evolução do volume de assinantes tem se desenvolvido muito lentamente (o Brasil conta hoje com aproximadamente 4.000.000 assinantes de TV a cabo). Espera-se que a introdução de programações em TV Digital, aliada aos serviços já existentes de acesso à Internet, promova uma evolução significativa nos próximos anos.
2. Topologia de uma