Distribuição de renda e crescimento economico
Crescimento econômico e distribuição da renda são temas básicos da teoria econômica e das análises econômicas do desenvolvimento do Brasil, um país com desigualdade extremamente elevada. A análise da desigualdade ganhou especial notoriedade a partir de 1972, depois da publicação dos resultados do Censo Demográfico de 1970. Hoje, parece consensual que é necessário reduzir essa desigualdade, mas toda medida prática nesse sentido gera polêmica.
O crescimento econômico dos países constitui, sem dúvida,um tema central da ciência econômica, desde a obra fundamental de Adam Smith, intitulada Uma investigação sobre a natureza e as causas da riqueza das nações, publicada em 1776. E a distribuição da renda tem sido também um tema básico das ciências sociais, inclusive da Economia. Outro economista clássico, David Ricardo, escrevendo no começo do século XIX, considerou que o principal objetivo da Economia Política (hoje denominada Ciência Econômica ou, simplesmente, Economia) era explicar a distribuição do produto nacional entre proprietários de terra, donos de capital e trabalhadores, na forma de renda, lucros e salários respectivamente. Esse problema é conhecido hoje como "distribuição funcional da renda". Enquanto nas escolas de pensamento econômico clássica e marxista há explicações distintas (embora integradas) para a determinação dos salários, dos lucros (e juros) e da renda da terra, associando cada uma dessas remunerações a diferentes classes sociais, a escola neoclássica procura unificar a explicação da remuneração dos fatores de produção com base nos conceitos de produtividade marginal e de equilíbrio de mercado. Dentro da escola de pensamento neoclássico, os grandes temas do desenvolvimento econômico foram relegados a um segundo plano durante as primeiras décadas do século XX, a favor do que hoje se conhece como microeconomia. Esses temas voltaram a ganhar importância após a depressão iniciada em 1929