Distribuição de Médicos no Brasil
INTRODUÇÃO Os estudos recentes acerca da demografia médica do Brasil apontam a existência de uma discrepância entre o número de médicos concentrados nos grandes centros e o número de médicos situados no interior do país. Esta revisão de literatura abordará o tema da distribuição e interiorização dos médicos, visando compreender quais são os motivos que fazem com que os profissionais da medicina concentrem-se em maior ou menor número em determinadas regiões. A organização desse estudo considera primeiramente a maneira como os médicos estão distribuídos nas regiões e municípios brasileiros, apontando dados estatísticos e justificando-os. A interiorização desses profissionais é também analisada, sendo as razões que levam ou não os médicos a se fixarem no interior, citados e explicados. São consideradas, ainda, as medidas que os órgãos governamentais têm tomado para diminuir a carência de médicos em algumas localidades, como é o exemplo do programa “Mais Médicos”.
Distribuição Médica no Brasil O estudo mais recente de demografia médica no Brasil usa e cruza diferentes fontes de dados nacionais para contar os médicos do país: CFM/CRM’s*, para médico registrado; RAIS/MTE**, para médico contratado; CNES***, para médico cadastrado; e AMS/IBGE****, para médico ocupado. Em todos os levantamentos de dados – médico registrado, contratado, cadastrado ou ocupado – , a distribuição de médicos por mil habitantes, segundo as grandes regiões, aponta desigualdades relevantes na distribuição médica, sendo a região Sudeste a que mais possui médicos e a região Norte a que menos conta com a presença desses profissionais. 1 É necessário ressaltar ainda a disparidade do número de médicos que existe na capital de um estado e nos seus municípios, onde o contingente médico é menor. Os melhores exemplos da desigualdade são os estados do Espírito Santo – enquanto na capital Vitória são