Distinção entre o conhecimento puro e o empírico, em Kant.
Marcelo Torres Peralta 1
Resumo Para Kant uma das questões mais importantes e trabalhadas com grande afinco em sua obra, esta relacionada à produção e acesso ao conhecimento. Como é possível conhecer as coisas? No texto A Crítica a Razão Pura, Kant aponta para duas maneiras de construção do conhecimento humano, são eles: o conhecimento puro (a priori) e o conhecimento empírico (a posteriori). O texto apresentado pelo autor criou grande tensão com pensadores como René Descartes que afirmava que o conhecimento só pode ser acessado por meio da razão e não pela experiência. Kant tira o sujeito agente do conhecimento da órbita e o coloca no centro, como fez Copérnico com a astronomia quando provou que era a terra que girava em torno do sol e não o contrário. A teoria de Kant é assim chamada de revolução copernicana do conhecimento.
Palavras-chave: conhecimento. Experiência. Juízos.
Introdução: Immanuel Kant (1724 – 1804), nasceu na Prússia (Alemanha), é considerado com um dos maiores pensadores do iluminismo; doutrina filosófica e religiosa preconizada no século XVIII, baseada na existência de uma inspiração sobrenatural. Após conhecer a obra de Hume que fundamenta boa parte de seus estudos no ceticismo ao afirmar que todo o conhecimento só se adquire empiricamente, Kant levanta a possibilidade de que existem limites na razão se contrapondo-se a Descartes que afirmou que a razão é a única faculdade que concebe abrir as portas para o conhecimento e a realidade das “coisas”. A partir destes pensamentos conflitantes, mas em pé de igualdade em relevância, Kant vai escrever dentre seus vários textos a Crítica da Razão Pura, talvez o mais importante de toda sua obra, a crítica a razão pura se divide em três partes subseqüentes, Crítica da Razão Prática e a Crítica do Juízo. ___________________
1 Marcelo Torres Peralta, estudante do quinto período de Licenciatura em