dissociação entre o “social” e o “cultural”.

Roberto DaMatta, em “ A Antropologia no quadro das Ciências Sociais”, afirma que ‘pode haver cultura sem sociedade, embora não possa existir sociedade sem cultura”. Utilizando-se de leituras dos artigos do curso, especialmente os de DaMatta e Horace Miner, discuta os aspectos relativos à construção das categorias de “social” e “cultural”. Existe no pensamento antropológico uma dissociação entre o “social” e o “cultural”. A noção de sociedade é entendida como conjuntos de indivíduos que em determinado local, desenvolvem formas de trabalho, modificação da natureza, distinção entre sexos e idades, relações com outros grupos e formas de sobrevivência.
O entendimento sobre o que é cultura é especifico há espécie humana e vai além de se organizar em coletividade, mas sim de ter consciência da coletividade. É ter consciência e pensar sobre o próprio pensamento, é entender e dialogar com os paradigmas pré-construídos no indivíduo pelo coletivo e por suas próprias experiências. Uma sociedade humana ao contrário dos animais que vivem em sociedade criam suas próprias tradições que dizem como se deve agir, pensar, comer, interagir, noções do sagrado e profano, isto é, regras estabelecidas que ditem como agir e não agir.
Sociedades humanas que enfrentam os desafios do ambiente de forma diferente de outras em iguais condições, fazem o enfrentamento e entendimento do ambiente de formas diferentes. Existe ainda o preconceito às sociedades tradicionais, frequentemente chamadas de exóticas. O pensamento mecanicista ocidental perpetua o estigma pejorativo de selvagens, atrasadas e anticientíficas às sociedades tradicionais. Neste sentido o texto “Ritos Corporais entre os Nacirema” desconstrói esse pensamento ao apresentar como podem ser caricatos e “antilogicos” ( pelo olhar do outro) os costumes ocidentais como escovar os dentes e ir à hospitais. O texto transforma os nossos costumes familiares em exóticos, para explicitar que aos olhos de outra sociedade os hábitos e