Dissertação

Proponho-me reflectir sobre a escolha livre e quais as suas implicações, ou seja, a escolha livre e a sua complexidade.
Defendo, por isso, a tese de que a escolha livre, apesar de ser livre, é algo complexa, pois não podemos fazer tudo o que queremos e devemos ter em conta alguns fatores para que a nossa escolha seja a melhor para nós, tais como a nossa responsabilidade moral ou moralidade, os nossos valores e também o facto de agir em liberdade significar agir respeitando a liberdade do outro.
Uma das questões que nos devemos preocupar em responder é ‘o que torna uma escolha livre?’, uma escolha livre entende-se como a ideia de que esta depende inteiramente de nós e da nossa vontade, do que escolhemos fazer. Por exemplo, se eu comer um gelado em vez de uma maçã é porque escolhi comer o gelado em vez da maçã, poderia ter comido a maçã, mas optei pelo gelado, ou seja, não é um efeito de causas anteriores, como dizem os deterministas, é apenas uma decisão que dependeu da minha vontade. Jean-Paul Sartre, com a frase “Escolher ser isto ou aquilo é afirmar, concomitantemente, o valor do que escolhemos, pois não podemos escolher o mal; o que devemos escolher é sempre o bem e nada pode ser bom para nós sem o ser para todos.” 1, pretende transmitir que não podemos fazer tudo o que queremos e devemos pensar nas consequências que as nossas decisões podem ter, não só para nós, mas também para a sociedade que nos rodeia, pois todas as nossas escolhas são sempre para o bem e só serão boas para nós se o forem para os outros.
Para que uma ação seja boa para nós e para os outros devemos ter em conta a nossa responsabilidade moral, bem como os nossos valores e aquilo que pensamos ser moralmente correto e incorreto. É, por isso, necessário avaliarmos os nossos valores para sabermos se eles são consistentes e corretos, tal como Nietszche defende, e assim sabermos se a nossa decisão é aqueli que nos irá fazer bem não só a nós, mas também aos outros, caso não sejam é necessário