Dissertação: A necessidade de que todos compreendam perspectivas diferentes das suas próprias para se conviver melhor
Domesticando lobos
Dentre as diversas nomenclaturas dadas ao século XXI destaca-se a atribuição de era do relativismo. Partindo desse pressuposto, pode-se perceber que a rapidez das informações veiculadas no mundo globalizado contribuiu para que o ser humano expandisse seus horizontes intelectuais, passando a assimilar novos pontos de vista. Dessa forma, negando teorias absolutas e agregando diferentes perspectivas à mesma corrente de pensamento o homem consegue caminhar a passos largos rumo à utopia. Um fator que, na hodiernidade, configura-se verdadeiro obstáculo para uma melhor convivência social é a intolerância. Nesse sentido, fica claro que a evolução do pensamento concomitante com a evolução da sociedade ocorreu de forma heterogênea, pois os crimes de homofobia e a visão patriarcal que condiciona a mulher às atividades domésticas revelam a mentalidade retrógrada de parte da população. Além disso a intolerância às diferentes religiões comprova que o ceticismo vem sendo acompanhado pelo desrespeito e que a liberdade de opinião e de expressão são ratificadas, mas apenas entre aqueles que compartilham de uma mesma ótica. É possível comparar a visão de mundo do ser humano a uma câmera de segurança. Com o intuito de zelar pelo seu bem-estar, o homem passa sua vida olhando para o único monitor no qual são projetadas imagens do mundo por um único ângulo. Todavia, ao entrar em contato com novas pessoas e ao compreender suas perspectivas, novas câmeras são adicionadas ao circuito de segurança primitivo, aumentando o número de monitores para se olhar e principalmente as possibilidades de enxergar o mundo por ângulos inéditos, tornando, assim, o trabalho do homem mais eficiente e eficaz. Aristóteles apregoava que o homem é um animal social. E dentre os