Dissertação - A Arte de Seduzir - Propaganda Politica.
Falar sobre a veracidade dos discursos políticos é sempre um assunto muito polêmico. Acreditar que as palavras de seu discurso, os gestos e expressões de emoção estão traduzindo e representando a real intenção do político está cada vez mais difícil!
Para construir uma imagem positiva o político recorre à força persuasiva da palavra, seduzindo o eleitor prometendo o que pode ser feito, pois está em disputa com outros candidatos. Esforça-se para convencer de que é o candidato mais indicado para ocupar o cargo disputado recorrendo a discursos que defenda a comunidade, com propostas que satisfaçam as necessidades de todos prometendo resolver os problemas da maioria e, desta forma, conquistar o voto do eleitor.
Para seduzir, o político aplica em seu discurso a construção de sua imagem, a discussão de problemas sociais, ataque a adversários e a pedagogia do voto (ensinar os eleitores a como proceder no momento do voto). Porém com essa pratica o que está em jogo não é “melhorar a capacidade de discernimento do eleitorado”, mas angariar o voto do eleitor, pois, “mais do que meramente ensinar a votar”, ensina-se “a votar em um determinado candidato” (Albuquerque, 1999:93).
Como exemplos de político que contava com a “arte da oratória” podemos citar o britânico Winston Churchill que escrevia os próprios textos e os editava até soar bem, depois lia em voz alta em frente ao espelho, ensaiando também a linguagem corporal que daria ênfase ao que fosse dito. Outro político que usava o discurso como seu maior trunfo era Hitler, ele mesmo os escrevia ou ditava para as secretárias, e depois ensaiava em frente ao espelho, coreografando cada passo. Também se preocupava com o cenário em que discursaria, garantia que houvesse sempre bandeiras, luzes dramáticas e música, tudo para aumentar o clima nacionalista e também a emoção do discurso.
Sendo assim, sempre uma superprodução, o eleitor acredita nas palavras do candidato escolhido, mas acaba se decepcionando