DISSERTAÇÃO SOBRE ÉTICA E MORAL NO PARLAMENTO BRASILEIRO
As CPIs são instaladas. Muita coisa é identificada. Investigada, inclusive. Os nomes dos envolvidos são divulgados. Dão-lhes tempo para suas defesas. Entretanto, as evidências do crime sobrepõem. Aparecem a olhos nus. A corrupção passa a ter recibo. O que incrimina a imensa maioria dos denunciados. Há toda uma divulgação pelos meios de comunicação. Depoimentos, ao todo ou em parte, são publicados. Pareceres técnicos também. Formulam-se opiniões. Com o tempo, as notícias a respeito vão diminuindo. Uma vez que outras acusações entram em cena. Toma conta de todo o espaço. O esquecimento é decretado. O filme, agora, é bem outro. Nem tanto, pois os personagens principais são quase os mesmos. Com poucos figurantes. Cujo pano de fundo, obviamente, continua o mesmo. Até porque o dinheiro público escoa, indevidamente, para as contas de vários parlamentares. Mas, curiosamente, a punição passa longe dos envolvidos. Dos dezenove da CPMI dos Correios, apenas três foram caçados, sem, contudo, responderem criminalmente. Cena antiga. Ninguém do bando dos "Anões do Orçamento", igualmente, pagou pelo crime cometido. Também não se viu punição alguma com relação aos "mensaleiros" e aos membros do "valerioduto".
Tem-se, então, a predominância do