Dispositivos

Pensar em um celular que contivesse capacidade de um data center – ao menos o data center daqueles tempos – há cerca de 20 anos era uma loucura, um descabimento. E agora, uma pesquisa feita pelo Centro de Supercomputação de Barcelona indica que os processadores móveis, que hoje levam o computador ao alcance de nossas mãos, serão, em um futuro não tão distante, responsáveis por nos trazer acesso à HPC (sigla para computação de alto desempenho).
O documento é intitulado ”Are mobile processors ready for HPC?”, ou, na tradução livre, “Estariam os processadores móveis prontos para a HPC?”.
Esse resultado seria mais que óbvio, segundo os pesquisadores, levando em conta o processo de evolução dos processadores ao longo da história. Vale lembrar que na primeira metade da década de 90 os supercomputadores mais rápidos necessitavam de processadores vetorial, tecnologia que logo foi substituída pelos chips RISC, mais baratos, como a série Power, da IBM. Hoje, as linhas utilizadas são Xeon e AMD Opteron.
Com base nessa evolução, até mesmo as leves arquiteturas ARM poderiam chegar a esse resultado. No estudo, comparou-se o desempenho de três processadores: Tegra 3 de 1,7GHz, Exynos 5250 de 1,3GHz e Core i7-2760QM de 2.3 GHz (testes realizados com os servidores construídos com estes processadores). O resultado: aqueles criados com base em ARM eram realmente mais eficientes do que no Core i7, quando avaliado o desempenho single core. Em avaliações multicore, chips ARM atingem os mesmos níveis de eficiência do Intel, embora este último seja mais eficiente para chegar ao seu mais alto nível de desempenho.