Displasia do desenvolvimento do quadril
Displasia é um termo geral usado para designar o surgimento de anomalias durante o desenvolvimento de um órgão ou tecido corporal, em que ocorre uma proliferação celular que resulta em células com tamanho, forma e características alteradas. A displasia implica uma alteração inequívoca do programa de crescimento e diferenciação celular.
A displasia do desenvolvimento do quadril - DDQ, anteriormente conhecida por luxação congênita do quadril, consiste num espectro de anormalidades que afeta o quadril infantil, incluindo uma forma acetabular anormal (displasia), associada ou não a um deslocamento parcial (subluxação) ou completo (luxação) da cabeça femoral.
A displasia acetabular é caracterizada pelo acetábulo imaturo, no qual, as estruturas do quadril não se desenvolvem adequadamente, devido à anormalidade na inclinação do acetábulo, com a cavidade rasa que pode acarretar a subluxação ou a luxação da cabeça femoral, em face da frouxidão articular excessiva com deslizamento gradual da cabeça femoral para fora da relação normal com o acetábulo.
Na subluxação do quadril, a cabeça femoral está deslocada de sua posição anatômica normal, mas ainda mantém algum contato com a cavidade acetabular. Já na luxação do quadril não ocorre nenhum contato entre a cabeça femoral e a cavidade acetabular.
Denominamos quadril instável aquela articulação que se apresenta reduzida, na posição anatômica, mas em que é possível provocarmos a subluxação, ou a luxação da articulação.
A luxação teratológica é produzida nos primeiros meses da vida intrauterina e no decorrer do nascimento reconheceremos não só a luxação, como as alterações morfológicas responsáveis pela redução da articulação, tornando-as muito difíceis ou impossíveis. Aqui se incluem as luxações associadas à artrogripose, a síndrome de Larsen e à deficiência femoral proximal (com todas as suas variantes), as neuromusculares e as que ocorrem nas síndromes genéticas. Neste grupo praticamente só encontramos quadris