dislipidemia
Introdução
Estudos epidemiológicos prospectivos, realizados nas últimas décadas demonstraram que existe uma relação exponencial entre nível de colesterol sérico e doença aterosclerótica coronária, justificando a adoção de medidas que permitam o diagnóstico precoce das dislipidemias.
Assim sendo, homens e mulheres a partir de 20 anos de idade, devem ter seu perfil lipídico determinado. Em relação a crianças e adolescentes (idade entre 2 e 19 anos), a determinação dos lipídios séricos deve ser realizada naqueles que tenham manifestações clínicas das dislipidemias, fatores de risco para doença aterosclerótica, antecedentes familiares de dislipidemia ou de doença aterosclerótica prematura em parentes de primeiro grau (antes dos 55 anos em homens e 65 anos em mulheres). Obviamente que, independente da faixa etária e do sexo, a determinação do perfil lipídico deve ser realizada em indivíduos com doença aterosclerótica estabelecida
Valores de Referência
Desde que se obtenham valores confiáveis das diferentes variáveis lipídicas, devemos compará-los com os valores de referência para caracterização da dislipidemia. Os valores de referência dos lipídios séricos, aceitos internacionalmente para crianças e adolescentes e para adultos (indivíduos com 20 ou mais anos), encontram-se respectivamente nas tabelas 1 e 2.
Níveis de Lp(a) (uma nova lipoproteína) são considerados como indicadores de risco quando maiores de 25 mg/dl, e de fibrinogênio quando maiores de 300 mg/dl, com base em estudos epidemiológicos.
Os níveis de triglicérides devem ser avaliados em conjunto com os de LDL-c e de HDL-c. Na presença de níveis baixos de HDL-c os valores desejáveis da trigliceridemia são aqueles menores que 150 mg/dL.
As razões entre o colesterol total e o HDL-c e entre LDL-c e HDL-c constituem respectivamente, os índices de risco I e lI, propostos por Castelli, cujos valores de referência encontram-se na tabela 3. Seu uso se restringe