DISLEXIA
CONCEITO
Ao longo dos anos, o conceito de Dislexia recebeu linguagens diferentes. Em
1987, Mykeblust e Johnson a definiram como uma síndrome complexa com outras disfunções psiconeurológicas associadas, dividindo a dislexia em auditiva e visual. Na primeira pode-se observar dificuldades relevantes na discriminação de sons de letras e palavras compostas, além de falhas na memorização de padrões sonoros, seqüências, instruções de histórias, etc. Na segunda há dificuldades em seguir e reter as seqüências visuais, ocorrendo freqüentes reversões e inversões de letras, confundindo palavras e letras. O mais comum de ocorrer é uma associação dessas duas formas, apesar de normalmente se iniciar com uma delas.
Na mesma época, Bryant e Bradley afirmaram que a única diferença entre as crianças que sabiam ler e as disléxias, era que as últimas faziam leitura de palavras inventadas. Em 1990, Ajuriaguerra observou que as crianças disléxicas, quando submetidas a testes de avaliação cognitiva, apresentavam potencial intelectual dentro ou até superior à média, conservando o aparato sensorial(auditivo e visual), neurológico e físico apenas não tendo sido expostas à oportunidades adequadas de leitura e escrita.
Em 1995, Reid Lyon define a dislexia como sendo um distúrbio de aprendizagem que compromete o processamento fonológico, isentando participação de níveis sensorias e gerais. A dislexia se manifestaria por diversas dificuldades em diferentes formas de linguagem (leitura, escrita e soletração). Em 2003, uma definição mais atual, inclusive usada pela ABD (Associação
Brasileira de Dislexia), define a dislexia como um distúrbio de aprendizagem de origem neurobiológica. Isso mostra um avanço nos estudos sobre a dislexia no campo científico, dando a esse distúrbio um embasamento e um crédito científico muitas vezes questionado. Apesar de algumas diferenças dispostas nesses conceitos, todos mostram que a dislexia é um distúrbio de aprendizagem que afeta o desenvolvimento da