Dislexia
Sempre houve disléxicos nas escolas. Entretanto, a escola que conhecemos certamente não foi feita para o disléxico. Objetivos, conteúdos, metodologias, organização, funcionamento e avaliação nada têm a ver com ele. Não é por acaso que muitos portadores de dislexia não sobrevivem à escola e são por ela preteridos. E os que conseguem resistir a ela e diplomar-se fazem-no, astuciosa e corajosamente, por meio de artifícios, que lhes permitem driblar o tempo, os modelos, as exigências burocráticas, as cobranças dos professores, as humilhações sofridas e, principalmente, as notas.
Aqui estão as principais dificuldades apresentadas pela criança disléxica, de acordo com a Associação Brasileira de Dislexia (ABD). São:
- Demora a aprender a falar, a fazer laços nos sapatos, a reconhecer as horas, a pegar e chutar a bola, a pular corda.
- Tem dificuldades para escrever números e letras corretamente; ordenar as letras do alfabeto, meses, anos e sílabas de palavras cumpridas, distinguir esquerda e direita.
- Necessita usar blocos, dedos ou anotações para fazer cálculos.
- Apresenta dificuldade incomum para lembrar tabuada.
- Sua compreensão da leitura é mais lenta do que o esperado para sua idade.
- O tempo que leva para fazer as quatro operações aritméticas parece ser mais lento do que se espera para sua idade.
- Demonstra insegurança e baixa apreciação sobre si mesmo.
- Confunde-se às vezes com instruções, números de telefones, lugares, horários e datas.
- Tem dificuldade em planejar e fazer redações.
Como o educador deve lidar em sala de aula com uma criança com dislexia:
· Trate o aluno disléxico com naturalidade. Ele é um aluno como qualquer outro; apenas, disléxico. A última coisa para a qual o diagnóstico