Dislexia: fator de dificuldade na aprendizagem lecto-escrita
Dislexia, termo proposto, em 1917, por Hinschelwood, refere-se à dificuldade para aprender a ler encontrada em indivíduos saudáveis, de inteligência normal ou superior e sem deficiências sensoriais, Capovilla (2000, p.11).
“Cegueira às palavras”, “cegueira verbal”, “assimbolia” e outros rótulos são dados à dificuldade em processar símbolos que aflige algumas crianças e adolescentes: eles invertem palavras números, têm enorme dificuldade em procurar palavras no dicionário, em alinhar algarismo em colunas em lembrar números de telefone etc.
Uma das reclamações mais freqüentes de pais, com filhos em idade escolar, é a de que as instituições de ensino, públicas ou privadas, não têm dado uma resposta adequada e, em tempo hábil, às crianças que sofrem com as dificuldades de leitura e de escrita, bem como problemas comportamentais.
A escola ainda não responde, eficazmente, ao desafio de trabalhar com as necessidades educacionais das crianças especiais, especialmente às relacionadas com as dificuldades de linguagem como a dislexia. A dislexia ocorre quando uma criança não lê bem ou não encontra sentido diante do texto escrito. Cabe à escola saber lidar com esses problemas com a intenção de melhor ajudar os alunos que sofrem com tais problemas.
O estudo das dificuldades de leitura e escrita, em geral, e da dislexia em particular, vem suscitando desde há muito tempo o interesse de psicólogos, professores, pediatras e outros profissionais interessados na investigação dos fatores implicados no sucesso e/ou insucesso educativo. A dislexia representa no momento atual um grave problema escolar, para a qual todos os profissionais da educação estão cada vez mais conscientizados.
As competências da leitura e escrita são consideradas como objetivos fundamentais de qualquer sistema educativo, ao nível da escolaridade elementar. Segundo Dockrell (2000) a leitura e a escritura consistem em aprendizagens de base e funcionam como uma mola propulsora para todo e qualquer