Disfunção visual
Essa elaboração teórica reducionista e subjetivista apoia-se na nação de “complexo colonialista” e atribui a “autonomia” da cultura nacional ao “complexo de inferioridade” que perpetua o processo de transplante cultural no país. Apoiando-se ainda em estudos econômicos e sociológicos, denuncia e cristalização da essência da subordinação colonial do país. E interpreta o “desvinculo” entre a educação brasileira e as necessidades nacionais como resultado da dominação econômica externa que se reforça pela dominação cultural. Essas explicações endossam e reforçam a concepção de um desvinculo real entre a consciência pedagógica e as necessidades educacionais do país e o atribuem a dominação externa, que se faz sentir através de uma estrita e consentida dominação cultural ou como consequência da dominação econômica. Uma submissão cultural imposta pela manutenção da opressão colonial renovada, essas interpretações cumprem uma função ideológica. Assim desviam a consciência pedagógica das relações internas de dominação que, em ultima instancia, explicam a aparente distancia entre os ideais projetados e a pratica educacional nacional.
A utilização da noção de inadequação brasileira à realidade nacional como instrumento das relações internas de dominação, “escondidos” no pensamento pedagógico e refletidos na pratica educacional, envolvia uma questão mais essencial. A discussão deste problema, tanto na sua origem como em seu desdobramento, esbarra na complexidade das mediações porque passa a realidade educacional produzida pelas contradições inerentes ao modo de produção vigente, uma