disfunçao endotelail

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revisão

Disfunção Endotelial no Diabetes do Tipo 2

Bernardo Léo Wajchenberg

RESUMO

Serviço de Endocrinologia, Hospital das Clinicas da Faculdade de
Medicina da Universidade de São
Paulo (FMUSP), São Paulo, SP.

A principal etiologia para a mortalidade e grande morbidade dos diabéticos é a ateroesclerose. A hipótese para a lesão inicial da ateroesclerose é a disfunção endotelial, pelo reconhecimento de que o endotélio tem um papel fundamental na manutenção das características de fluidez do sangue, tônus vascular e sua permeabilidade, sendo o óxido nítrico derivado do endotélio (e-NO) o principal protetor contra a moléstia ateroesclerótica por inibir as diversas vias envolvidas na aterogênese.
A disfunção endotelial identificada como um marcador precoce de moléstia cardiovascular poderá prever coronariopatia no futuro, mesmo antes que alterações ateroescleróticas evidentes apareçam nas artérias. Assim, medidas da função endotelial poderiam identificar indivíduos com risco para moléstia cardiovascular, como determinar a vaso-dilatação endotélio-dependente pelo fluxo após isquemia induzida, que requer a produção de e-NO. Além disso, pode-se também avaliar a reatividade vascular da microcirculação bem como dosar os marcadores bioquímicos da função endotelial. Finalmente, pode-se fazer a mensuração da espessura da camada médio-intimal de grandes artérias, como as carótidas, um marcador indireto da função do endotélio. A disfunção endotelial tem sido documentada no diabetes (DM), em indivíduos com resistência à insulina ou com alto risco para desenvolver DM do tipo 2, nos quais a hiperglicemia está associada a um aumento do estresse oxidativo, levando a um incremento na formação de radicais oxigênio tais como o superóxido, que reage com o e-NO, levando à sua degradação. No DM do tipo 1 o estado diabético predispõe para a alteração endotelial mas não é suficiente para causá-lo, outros agentes tendo provavelmente um papel. No tipo 2
estão

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