Discussão sobre o acesso à informação
Em termos gerais, acho que as duas linhas de pensamento estão certas. Mas tendo a pensar mais como nossa amiga Olgária. A informação está mais disponível, não há dúvidas quanto a isso. Mas eu, pelas experiências que já tive em sala de aula, tanto em nível fundamental e médio quanto com os alunos de licenciatura em Artes Visuais da FAV/EaD, percebo que as pessoas não são mais alfabetizadas. Muita gente se mostra incapaz de compreender coisas que lê, e raramente consegue se exprimir textualmente, de forma concisa e coesa, durante um parágrafo completo. Assim, o acesso à informação continua controlado. Existem as exceções, e alguns conseguem escapar aos bloqueios. Não diferente de outras épocas. Sempre tivemos restrições, e sempre tivemos quem conseguisse contorná-las. Mas, além de vontade de romper este bloqueio, é necessário ter sorte. Por esse motivo, não acredito na democratização do acesso à informação. Somente uma elite é capaz de compreendê-la, e sabe onde procurar. A grande maioria dos usuários do ciberespaço restringe seu universo de ação a espaços de relacionamento interpessoal, o que possui sua validade e utilidade, mas exclui todas as outras potencialidades da rede. Os bons canais de TV só estão disponíveis para uma elite que pode pagar por eles; o restante precisa se contentar com uma enorme variedade de novelas diárias, telejornais tendenciosos, filmes de péssima qualidade, reality shows e jornalismo pseudo-investigativo. Regozijo
Saudações!
Assunto delicado, esse sobre os rumos da pesquisa acadêmica e, antes disso, sobre o papel do ensino.
Discordo um pouco do discurso sobre a democratização do conhecimento. Acho que as pessoas são cada vez menos ensinadas a refletir. Estudo, hoje, está mais próximo da capacidade de reprodução que de análise. Está cada vez mais vinculado à informação que ao conhecimento, categorias bem distintas. Quando olhamos o sistema educacional brasileiro, é possível perceber que quem pode pagar por